Os especialistas dizem que agora estamos “prestes” a ter medicamentos disponíveis, algo que recentemente parecia “impossível”.
A farmacêutica Eli Lilly, conta o zap.aeiou.pt, informou que o seu novo medicamento – chamado donanemab – diminui o avanço da doença de Alzheimer em cerca de um terço. O donanemab funciona da mesma forma que o lecanemab, que conquistou as manchetes dos jornais em todo o mundo quando foi comprovado que atrasava a doença.
Ambos são anticorpos como aqueles que o corpo produz para atacar vírus. Mas estes são desenvolvidos para limpar a gosma pegajosa que se acumula no cérebro de pessoas com Alzheimer, a chamada beta-amiloide. A amiloide acumula-se nos espaços entre as células cerebrais, formando placas que são características da doença de Alzheimer.
“A batalha de décadas para encontrar tratamentos que alterem a doença de Alzheimer está a mudar”, disse a neurologista Cath Mummery, chefe da clínica de distúrbios cognitivos do Hospital Nacional de Neurologia e Neurocirurgia do Reino Unido, citada pela mesma fonte.
“Agora estamos a entrar na era da modificação da doença, na qual podemos esperar realisticamente tratar e manter alguém com doença de Alzheimer, com gestão de longo prazo da doença, em vez de cuidados paliativos e de suporte”.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1119 de 10 de Maio de 2023.