Um dos três "padrinhos da Inteligência Artificial" disse que a mesma não irá dominar o mundo e, além disso, destruir permanentemente postos de trabalho, segundo reportou a BBC.
A posição é do professor Yann LeCun, cientista-chefe da equipa de Inteligência Artificial da Meta, que considerou que os receios apresentados por alguns cientistas de que a ferramenta representa um perigo para a humanidade são "absurdamente ridículos".
Confirmando que os computadores vão mesmo tornar-se mais inteligentes do que os humanos, o especialista garantiu que essa é uma realidade que se encontra ainda a muitos anos de distância e que "se nos apercebemos que não é seguro, não o construímos".
E assegurou: "A Inteligência Artificial vai dominar o mundo? Não, isso é uma projecção da natureza humana sobre as máquinas". Por essa razão, disse, seria um grande erro manter a investigação sobre o tema "fechada a sete chaves".
Já no que diz respeito ao impacto desta ferramenta no emprego, o especialista assegurou que "não vai colocar muitas pessoas no desemprego de forma permanente". Ainda assim, acrescentou, o mundo do emprego vai mesmo mudar e os cidadãos não fazem a "mínima ideia" de quais serão os empregos mais relevantes daqui a 20 anos
Recorde-se que Yann LeCun venceu, em 2018, o Prémio Turing, juntamente com Geoffrey Hinton e Yoshua Bengio (que têm uma visão diferente sobre este tema), pelos seus avanços em matérias de Inteligência Artificial. Os três ficaram conhecidos, por essa razão, como os seus "padrinhos".