O centro académico de medicina NYU Langone, em Nova Iorque, vincou, em comunicado, que os 32 dias representam “o período mais longo de funcionamento de um rim de porco geneticamente modificado num ser humano” e confirmou a intenção de prosseguir a experiência por mais um mês.
Este avanço significativo nas técnicas de transplante “muda as regras do jogo“, consideram os responsáveis do NYU Langone.
Os investigadores já tinham estudado corações e rins de porcos em humanos durante um período máximo de 72 horas, segundo o The Wall Street Journal.
O transplante ocorreu em 14 de Julho, num homem de 57 anos, Maurice Miller, que entrou em morte cerebral e foi colocado em suporte de vida após a família ter concordado doar o corpo para a investigação científica.
Os médicos substituíram os seus rins pelo rim de um porco geneticamente modificado, para que o órgão não fosse imediatamente rejeitado pelo organismo humano, e transplantaram ainda o timo do porco, uma glândula com funções imunitárias, cujo papel na experiência em curso vai ser ainda analisado.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1134 de 23 de Agosto de 2023.