O Atlântico Norte pode vir a enfrentar até sete grandes furacões de categoria três ou superior este ano, mais do que o dobro do número habitual, advertiu a agência meteorológica dos EUA, NOAA.
Normalmente, escreve o site zap.aeiou.pt, esperam-se três grandes furacões numa temporada. Estão previstos até 13 furacões do Atlântico de categoria um ou superior para o período de Junho a Novembro.
As temperaturas recorde da superfície do mar e uma provável alteração nos padrões climáticos regionais são parcialmente responsáveis por isso.
Embora não haja evidências de que as alterações climáticas estejam a aumentar o número de furacões, estão a tornar os eventos mais poderosos, mais prováveis e a trazer chuvas mais intensas.
“Esta temporada de furacões promete ser extraordinária“, disse Rick Spinrad, administrador da NOAA, numa conferência de imprensa.
O recente enfraquecimento do padrão climático El Niño – e a provável transição para condições de La Niña no final do ano – cria condições atmosféricas mais favoráveis para estas tempestades no Atlântico.
Em contraste, a NOAA já havia previsto uma temporada de furacões “abaixo do normal” na região central do Pacífico, onde a transição para La Niña tem o efeito oposto.
Em média, a bacia do Atlântico – que inclui o Oceano Atlântico, o Mar do Caribe e o Golfo do México – regista 14 tempestades tropicais nomeadas por ano, das quais sete se tornam furacões e três se tornam grandes furacões.
As tempestades tropicais transformam-se em furacões quando atingem velocidades de vento sustentadas de 119 km/h. Os grandes furacões (categoria três e acima) são aqueles que alcançam pelo menos 178 km/h. A NOAA espera um total de 17 a 25 tempestades tropicais nomeadas, das quais entre oito e 13 podem tornar-se furacões e entre quatro e sete podem tornar-se grandes furacões.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1175 de 5 de Junho de 2024.