#ElasnaTech: Inteligência Artificial (IA) benefícios e impacto para as mulheres da nossa comunidade

PorCarla Duarte,2 set 2024 9:04

O propósito deste artigo é partilhar conhecimento na área da IA, com especial foco nos benefícios que esta transformação tecnológica tem para as mulheres da nossa comunidade.

Em 2018 um executivo de uma das maiores empresas tecnológicas do mundo expressou que: “A IA é uma das coisas mais importantes em que a humanidade está a trabalhar. É mais importante do que a eletricidade e o fogo” - Sundar Pichai, Diretor Executivo da Google

À transformação trazida pela Inteligência Artificial nas empresas, vem se juntar a transformação Digital e a transformação Agile. A mensagem é clara da importância na capacitação e investimento na formação dos recursos humanos, aqui em particular das mulheres da nossa comunidade na área da IA. Essa capacitação na IA permitirá às mulheres estarem qualificadas para o mercado actual tecnológico de trabalho.

A IA na área aerospacial onde trabalho é definida como tecnologia que parece imitar o desempenho humano, normalmente através da aprendizagem, chegando às suas próprias conclusões, parecendo compreender conteúdos complexos, estabelecendo diálogos naturais com as pessoas, melhorando o desempenho cognitivo humano (é também conhecida como computação cognitiva) ou substituindo as pessoas na execução de tarefas não rotineiras (Fonte: [EASA]Agência Europeia para a Segurança da Aviação).

Conceitos gerais: ao mais alto nível a Inteligência Artificial é a simulação dos processos de inteligência humana por sistemas de computadores. A IA engloba a aprendizagem automática (Machine Learning) que melhora o desempenho através de métodos estatísticos para encontrar padrões nos dados. No centro se encontra a Aprendizagem Profunda (Deep Learning) que imita as redes neuronais do cérebro humano.

Actualmente fala-se muito em “Generative AI” ou ”IA Generativa” que se refere a modelos que criam resultados totalmente novos, a partir da vasta quantidade de dados em que são treinados. No conjunto de “IA Generativa” temos aplicações, por exemplo, para Chat (ChatGPT, OpenAI, Bard), para imagens (Midjourney, stability ai, stable diffusion), para Video (Meta AI, runway), para Audio (Whisper, Audio LM), para Código (GitHub Copilot, GPT-4) e Texto (Alpaca, OpenAI).

As empresas mundiais, e a grande maioria das organizações governamentais têm criado instituições dedicadas à inteligência artificial, planos, políticas e regulamentos para a implementação da IA. Esses projectos juntam universidades e parceiros industriais. Na nossa região, a União Africana (UA) criou um artigo acessível ao público, delineando o plano da Agência de Desenvolvimento da UA para a IA. Esse plano inclui a regulamentação e adoção responsável da IA para África com vista à realização da Agenda 2063 da UA. Igualmente existem tais regulamentos na Europa, na Ásia, nos EUA e ao redor do mundo, onde cada país tem o seu plano de acção dedicada a essa área.

Carla Duarte é Gestora de Projectos Aeroespaciais e Engenheira Eletrotécnica e de Computadores. Actualmente, ocupa o cargo de Gestora de Produto e Garantia de Qualidade na Airbus Defence and Space, em Munique, onde possui 17 anos de experiência numa equipa culturalmente diversificada no sector espacial. É responsável pela Garantia de Produtos para o EGNOS V3, Apoio ao Sistema Galileo e G2G Galileo Second Generation Inter-Satellite Link. Carla Duarte possui um Mestrado em Gestão de Projectos Aeroespaciais e um Mestrado em Engenharia.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1187 de 28 de Agosto de 2024.

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Autoria:Carla Duarte,2 set 2024 9:04

Editado porAndre Amaral  em  20 nov 2024 23:25

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