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Criado em parceria pela BTOC e pelo Accelerator Lab das Nações Unidas o Selo Empresa Excelência tem como objectivo dar “notoriedade às empresas que têm boas práticas”, anunciou Carlos Graça, da BTOC.
“Pretende-se que seja uma iniciativa de carácter anual, em que serão avaliados um conjunto de critérios que estão definidos no regulamento e, portanto, a partir daí as empresas recebem um certificado ou uma notação dizendo que cumprem aquele regulamento”, apontou Carlos Graça.
Depois da atribuição do selo será feita “toda uma acção de comunicação, de promoção dessas empresas, uma vez que elas são exemplares da sua boa governança, no seu desempenho económico e financeiro, que são os primeiros indicadores por onde vamos agora começar”, referiu ainda o mesmo responsável.
Sendo uma iniciativa de âmbito nacional os promotores desta iniciática desejam que “todas as empresas em Cabo Verde que estão no regime de contabilidade organizada, que é o regime que permite fazer essa avaliação em termos dos indicadores financeiros para começar, possam participar. A adesão é voluntária não há uma obrigatoriedade. Há uma partilha de informação que tem de ser feita”, explicou Carlos Graça em conferência de imprensa.
O Selo Empresa Excelência, apontou ainda Carlos Graça, irá também funcionar como um “barómetro do tecido empresarial privado ao ter as empresas a aderirem e a deixarem registadas as suas contas”.
Carlos Graça referiu igualmente que a “generalidade dos bancos comerciais está associada a esta iniciativa” e que estes serão um “agente importante na dinamização” do Selo Empresa Excelência. “imaginemos que uma empresa vai ao banco pedir um financiamento. Ao pedir esse financiamento, o banco sugere que a empresa submeta a sua candidatura. Isto é um trabalho em conjunto, porque vamos trabalhar conjuntamente com os bancos numa questão de melhoria. Os bancos também têm necessidade que as empresas apresentem boas contas”.
Os critérios numa primeira fase serão meramente com base em indicadores financeiros, referiu Carlos Graça. “Vão-se avaliar os resultados operacionais, os resultados líquidos das empresas. Vai-se também tentar recolher informações de planeamento, relacionadas já com o cumprimento de determinadas obrigações. Obviamente, uma empresa que tenha dívidas fiscais, ou, por exemplo, tenha alguma infracção em termos ambientais, não pode submeter a sua candidatura. Pode fazer o autodiagnóstico, pode fazer tudo, mas a candidatura não”.
