Aos 37 anos, define-se como aquariana, feminista, mãe, doula, padeira e cantora de chuveiro. Assim, por essa ordem. E diz que é ainda “mil outras coisitas mais”. Entre estas mil outras coisas, as aulas de artes que lecciona para crianças na Cesária Évora Academia de Artes.
Mas o fazer do pão ocupa um lugar especial na vida de Su. “Sou apaixonada pelo fazer do pão, pelo processo, pelo tempo, pela história do pão que é quase tão antiga quanto a do homem e da mulher no mundo”.
Foi na Bahia (Brasil), para onde foi viver em 2010, que aprendeu com amigos a arte de confeccionar pães e bolos veganos. No começo, era fazer para compartilhar e oferecer. Logo, o boca-a-boca, levou a que começasse a receber pedidos. Todos queriam o pão da Sú, daí o nome que depois viria a escolher para baptizar o seu negócio caseiro quando, um ano depois de ter regressado a Cabo Verde (em 2016) criou o Pão da Sú.
“Na Bahia fazia mais bolos. Tinha muitos pedidos por dia e acabou por tomar todo o meu tempo, e se tornar a principal ocupação a um dado momento. Aqui, tanto o pão como os bolos têm saída o que me deixa feliz, porque adoro mesmo fazer e amassar pão”, constata, orgulhosa da clientela fixa e fiel que semanalmente fazem-lhe chegar pedidos.
Sú vê os consumidores dos seus produtos como pessoas atentas à sua saúde mas que não abrem mão do prazer de comer, e comer bem. São também pessoas amigas ou conhecidas, gente que faz questão de dar uma cara ao pão, ao bolo. “Ou seja, sabem por quem foi feito e que foi feito com os melhores ingredientes e com todo o carinho e atenção”.
Vegana convicta, a padeira assegura que os bolos sem ingredientes de origem animal são mais saudáveis e leves que os tradicionais, levando menos farinha e mais fruta.
Uma visita à página da marca e percebe-se que os seus clientes não só dão 5 estrelas ao produto como também apreciam o serviço de entrega.
Quando pensa no futuro da sua marca, o que gostaria de alcançar?
Eu gostaria que a marca crescesse sem pressa, mas firmemente. Vejo a marca sempre sendo caseira e familiar, porque esses são os principais ingredientes. Hoje temos parceria com a Tambake, loja-oficina e restaurante biológico, no Palmarejo, e sinto que assim aos poucos vamos honrando o nosso pequeno mas acarinhado propósito. Sou muito grata por poder estar a entrar no dia-a-dia das pessoas, alimentando-as e é por isso que sempre digo: gratipão! Gratidão pelo pão!
Vai lá. Pão da Sú: https://www.facebook.com/gratipao