A (prejudicial) moda da shisha

PorExpresso das Ilhas,15 set 2018 16:01

Este verão trouxe em força, em Cabo Verde, a moda de fumar shisha, o nome pelo qual é aqui mais conhecido o narguilé. Em festas ou espaços de diversão nocturna, os jovens estão a aderir grandemente a esta prática que estudos já alertaram trazer muitos riscos para a saúde e serem mais prejudiciais do que o cigarro comum.

O narguilé é uma espécie de cachimbo de água de origem oriental, utilizado para fumar tabaco aromatizado ou outras substâncias (é comum usá-lo para fumar cannabis (marijuana). Além desses nomes, de origem persa, e de variantes como arguile, muito usada em certos países árabes, também é chamado de xixa ou shisha (substantivo feminino), especialmente na África e em outros países de língua árabe, ou ainda hookah (na Índia e em outros países que falam inglês), entre outros nomes.

Ainda conforme a Wikipedia, há diferenças regionais no formato e no funcionamento dos cachimbos d'água, mas o princípio comum é o fato de a fumaça passar pela água antes de chegar ao fumante. Tradicionalmente utilizados em muitos países do mundo, em especial no Norte da África, Oriente Médio e Sul da Ásia, têm-se espalhado em anos recentes também para o Ocidente (Europa e Américas).

Á ideia de que fumar a shisha é relaxante, inofensiva e de que ajuda na socialização contrapõem-se o facto de comportar sérios riscos para a saúde dos fumantes.

A colunista da BBC Claudia Hammond alerta que as pessoas tendem a pensar que os riscos associados ao consumo tabaco são minimizados, por o tabaco ser purificado na água do cachimbo, mas, na verdade, o fumo continua a entrar para os pulmões.

“Numa sessão de uma hora inala-se 100 a 200 vezes mais fumo do que um único cigarro», alerta, citando o estudo da Organização Mundial da Saúde.

O fumo inalado provém do carvão vegetal utilizado para queimar o tabaco, carvão esse que inclui várias substâncias tóxicas, que os fumadores inalam em maior quantidade, já que cada sessão de shisha dura bastante mais do que o fumar de um cigarro.

Além disso, o tabaco colocado dentro do instrumento, quando queimado, liberta as mesmas substâncias tóxicas, mas numa concentração muito maior do que as que um fumante comum está habituado a inalar.

Outros riscos associados a esta forma de tabagismo têm a ver com a partilha da shisha, ou seja, o uso da mesma piteira quando a shisha é passada de boca em boca. Há um perigo real de se espalhar doenças contagiosas como herpes labial, tuberculose e hepatite o que comporta encargos para a saúde pública.

A limpeza do narguilé - que deve ser feita com aparatos especiais, encontrados em lojas especializadas (não é recomendado utilizar água para a limpeza) – nem sempre é feita de forma correcta e eficaz.

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Autoria:Expresso das Ilhas,15 set 2018 16:01

Editado porChissana Magalhães  em  17 set 2018 11:00

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