Ermelindo Fernandes Pereira, alfaiate de profissão, é casado com Lucília Martins Pereira, professora reformada. O casal tem 4 filhos e vive em Achada Falcão, concelho de Santa Catarina de Santiago.
A única filha da família Martins Pereira, Eneida Pereira, que “sempre teve fascínio” pelo design de bolsas, propôs ao pai que confeccionasse as bolsas por ela desenhadas.
“Desta união surge Bolsas Artesanais CV”, contam.
A família narra que a ideia de uma página no Facebook partiu dos dois informáticos da família, Elvis Pereira e Eder Pereira, os filhos, como forma de proporcionar maior visibilidade e alcance destes produtos, considerando que o “e-commerce é o futuro”.
Apesar de muitos homens manifestarem interesse, a Bolsas Artesanais CV tem como principal público-alvo as mulheres.
“Bolsas, por si, têm um alcance universal, porém nesta colecção o foco especial são as mulheres”, mencionam, referindo que graças à divulgação online, obtiveram encomendas do exterior.
A valorização da cultura africana, conforme informa a família Martins Pereira, é a missão da Bolsas Artesanais CV. Por isso, a maioria dos tecidos utilizados na confecção tem estampas africanas.
“A bolsa teve uma grande importância histórica, visto que várias culturas usavam-na para transportar alimentos e outros utensílios de um lado para o outro. E cada peça da BACV é elaborada neste contexto e pretende transmitir todo o ritmo e a vitalidade do nosso continente nas bolsas, um produto artístico utilizável no dia-a-dia”, explanam.
Por outro lado, esclarecem, é uma forma de demonstrar o que se pode produzir em Cabo Verde.
“Produtos alternativos capazes de nos identificar para o mundo e que destaca todo o nosso valor cultural”, finalizam.