Jejum intermitente traz vários benefícios para a saúde – Estudo

PorExpresso das Ilhas,31 dez 2019 6:25

O Jejum intermitente, que é um método de emagrecimento que visa intercalar períodos de jejum com períodos de alimentação, pode trazer vários benefícios para a saúde, conforme revelou um estudo do New England Journal of Medicine, citado no Observador.

De acordo com um estudo publicado no prestigiado  New England Journal of Medicine, fazer jejum intermitente tem vários benefícios para a saúde como a redução da pressão arterial, auxílio na perda de peso e mais anos de vida.

A conclusão deste estudo, resulta de uma revisão a outros estudos efectuados em humanos e animais e realçou vários benefícios de não se comer durante muitas horas: a nível cognitivo, cardiovascular, físico e nos sintomas da diabetes e obesidade, lê-se na Newsweek.

"Apesar de não entendermos os mecanismos específicos, os efeitos benéficos do jejum intermitente passam por uma mudança a nível metabólico e uma maior resistência ao stress a nível celular”, acrescentaram os autores à Newsweek, citada pelo Observador.

Há dois tipos de jejum, de acordo com Mark Mattson, um dos autores do estudo. Conforme disse à CNN, um deles consiste em não comer durante 16 a 18 horas; outro, limita a ingestão de alimentos a 500 calorias, durante dois dias.

O estudo foi publicado no dia 26 de Dezembro, recolhe conclusões de outros trabalhos científicos. Um deles refere-se à população de Okinawa (Japão), cujo jejum intermitente, simultaneamente com uma dieta pouco calórica e rica em nutrientes, terá auxiliado à sua conhecida longevidade . O outro estudo citado analisou ratos que eram alimentados dia sim, dia não desde a idade adulta. A investigação chegou a conclusão de que a sua esperança média de vida aumentou significativamente.

Os autores do estudo publicado no New England Journal of Medicine consideram que a maioria das pessoas não vê com bons olhos o jejum intermitente devido ao padrão alimentar actual, que passa por três refeições principais por dia, e ingestão de alimentos entre essas refeições. Para os autores, esta dieta é algo que está de tal modo “enraizado na cultura” que nem médicos, nem doentes contemplam outra hipótese. “A abundância de comida e o marketing em países desenvolvidos é um dos maiores obstáculos”, afirmam os cientistas à Newsweek.

Irritabilidade, problemas de concentração e fome são destacados como reacções das pessoas à falta de comida. Mas serão, segundo os autores, sintomas que passam ao fim de um mês de jejum. Apesar das suas conclusões, os autores salientam  a importância de se elaborarem mais estudos sobre esta questão, para garantir que se trata de uma prática segura e benéfica para a população em geral. 

Até porque, nos estudos sobre o jejum intermitente ainda não foram analisados os efeitos a longo prazo. Além disso, os estudos que existem focam-se em jovens com excesso de peso e adultos de meia-idade. Ou seja, não é possível generalizar.

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Autoria:Expresso das Ilhas,31 dez 2019 6:25

Editado porSara Almeida  em  31 dez 2019 6:25

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