Em declarações ao Expresso das Ilhas, Deritson de Pina, gerente-sócio da Biodosa conta que, por estar em uma fase experimental, os detergentes são essencialmetne vendidos ao domicílio.
Segundo garante, o foco da empresa é reduzir os impactos ambientais causados pelos resíduos. Daí a linha de sabão e detergentes Rendosa, feitos com óleo de cozinha usado.
“São produtos ecológicos e biodegradáveis”, assegura.
A maioria dos óleos são fornecidos pelos principais restaurantes e hotéis da capital, a outra parte é oferecida pela população.
“Através da nossa página no Facebook divulgamos os nossos produtos e aqueles que nos conhecem ligam e trazem os óleos. Aos restaurantes e hotéis, levamos os nossos recipientes e no final de cada mês vamos recolher os óleos. Como normalmente em casa, a quantidade de óleo usado é menor, pedimos às pessoas para juntarem numa garrafa de cinco litros e quando encher basta ligar-nos que fazemos a recolha”, explica.
A produção é feita na garagem de Alex Mascarenhas, também sócio da empresa e a intenção é ter um lugar próprio para o fabrico. Isto porque, o objectivo é ser a maior empresa ecológica de Cabo Verde.
Deritson de Pina diz ainda que em Cabo Verde os produtos ecológicos, principalmente os produzidos no país, encontram resistência no mercado. Apesar das dificuldades, este jovem refere que a Biodosa já conquistou o seu espaço.
“Começamos a fazer entrega ao domicílio, aos poucos conquistamos as lojas também, colocávamos o sabão para experimentar a venda. Neste momento, estamos a produzir 1500 sabões, mensalmente, e vendemos uma média de 1000. Por vezes vendemos mais e outras vezes menos”, menciona.
Hoje a Biodosa conta ainda com cerca de cinco vendedeiras ambulantes que revendem os seus produtos.
Cada sabão custa 40 escudos, enquanto os preços dos detergentes variam entre 50 e 400 escudos dependendo da quantidade.