“A Fundação Humana é uma iniciativa de Cláudia Semedo, estudante de Fisiologia Clínica em Portugal, uma pessoa com muito pendor a nível social. A Fundação Humana já está oficializada e para dar a conhecer à sociedade lançamos uma campanha de recolha de produtos íntimos para meninas e mulheres que, neste momento, devido a situação da pandémica, vivem dias complicados, sobretudo as mulheres que estão no sector informal”, explica o vice-presidente da fundação Dárcio Vasconcelos.
Segundo este responsável, o foco da fundação Humana é a prestação de cuidados continuados de saúde e apoio a todos os cidadãos independentemente da idade e situação económica, desde que se encontre em situação de dependência quer física, quer psíquicas associadas às doenças crónicas.
A instituição conta com membros na Holanda, Itália, Estados Unidos de América, Suíça e França que fazem a recolha dos kits. Desde 13 de Outubro até ao momento, a Humana conseguiu, na diáspora, mais de 300 kits.
“Aqui, no país, a tarefa de angariar esses kits está um pouco mais difícil, acabamos por verificar que os cabo-verdianos, em Cabo Verde não estão interessados, conseguimos menos de 50 kits. Um dos poucos que mostraram a boa vontade em colaborar connosco, inclusive na recolha dos produtos é o jovem Bruno da Associação Safende Tudora, inclusive conseguiu arrecadar uma boa quantidade desses produtos que já estão connosco e vão ser distribuídos quando chegarem os outros de Portugal”, narra.
Neste momento, a fundação pretende, junto dos parceiros nacionais e na diáspora, arranjar uma forma de trazer os kits de Portugal para serem distribuídos na segunda quinzena de Novembro.
Num segundo momento, a instituição vai ter um outro público alvo, pessoas idosas. Para isso, pretende recolher carrinhos de rodas, fraldas, entre outros.
“Em 2021 o objectivo maior é que tenhamos uma sede em Cabo Verde e começar a trabalhar no nosso foco que é cuidado de doenças paliativos para pessoas dependentes, o nosso foco não é a angariação de fundos, mas sim donativos, logo no início resolvemos não aceitar nenhum valor monetário, quem quiser doar, doa os artigos ”,enfatiza.