Há oito anos, Fatuca decidiu que era tempo de criar uma marca de produtos naturais que poderiam ser usados no salão. Segundo conta ao Expresso das Ilhas, o sucesso fez com que os clientes sugerissem o nome “Mãos de fada”, o nome que hoje acompanha todos os seus produtos e o próprio estabelecimento.
Em casa, a jovem arranjou um espaço onde pudesse confeccionar não apenas produtos capilares, mas também para a pele e fungos de unhas. Todos, a base de fórmulas desenvolvidas por si.
Tudo é feito manualmente, antes de ir para a incubadora durante sete dias para depois ser embalado.
“Há oito anos, depois de fazer uma formação em Farmacopeia, comecei a produção, entretanto numa quantidade menor do que produzo hoje, porque usava apenas nos clientes que frequentavam o salão”, narra.
Dos produtos capilares, Fatuca desenvolveu fórmulas para shampoo, máscaras hidratantes, amaciador e óleos. Também criou cremes e óleos e esfoliantes de pele.
“Os produtos são feitos a base de babosa, alecrim, hortelã, gengibre, alho, carité e óleos naturais. São produtos comprados no mercado nacional e 100% naturais, que é o que o meu público adora”, afirma.
Conforme a jovem, os produtos são acessíveis a todos os bolsos, já que por unidade cada produto custa 300 escudos e por kit, 4 mil escudos. Fatuca revela ainda que devido ao sucesso dos produtos e o preço “acessível”, hoje além da ilha de Santiago, já vende para as outras ilhas do arquipélago e para o estrangeiro.
As embalagens na maioria são recicladas, prossegue, por ser amiga da natureza. Apenas algumas são compradas.
“Por vezes os próprios clientes trazem a embalagem para ser reutilizada depois de usarem o produto. O diferencial dos produtos de “Mãos de fada” é que são produtos naturais, sem tóxicos na composição”, enfatiza.
Apesar de ter muita procura, esta jovem reitera que gostaria que cosméticos naturais nacionais fossem mais valorizados e credibilizados.
“Gostaria que todos apostassem mais nos produtos naturais nacionais, porque a sociedade prefere apostar mais nos produtos internacionais, em detrimento da valorização dos nossos produtos. Queria que nos dessem a credibilidade", frisa.