Depois de perder o emprego devido à pandemia, Maliza Lisboa decidiu investir numa tradição familiar, mas com um toque de modernidade.
“Um dia estava sentada na sala da minha casa, olhei para o suporte de velas que a minha tia tinha oferecido em 2019, na ilha da Boa Vista. Daí pensei porquê não?”, narra.
A partir dessa questão, a jovem pegou num caderno e começou a rabiscar os possíveis nomes da sua empresa. O passo seguinte foi pedir a ajuda da tia que lhe transmitiu o amor por peças de argila.
“Desde pequena, durante as férias, vou à Boa Vista e a minha tia sempre nos deixava fazer algo ligado a olaria. Ou limávamos as suas produções, íamos apanhar argila ou vender as peças. Isso deu-me alguma base e agora praticamente sei fazer tudo”, descreve.
Desde Outubro de 2020, Maliza vem produzindo peças que considera “modernas e rústicas” e publicado nas suas redes sociais.
“Tudo é feito na ilha de Boa Vista, aqui na Praia, eu pinto, dou acabamento para receber a planta no caso dos vasos”, diz.
Mas porquê produzir na Boa Vista? Maliza responde que a argila encontrada na Praia não tem “a mesma qualidade” da que encontra na Boa Vista. Entretanto, está a tentar transferir o local da produção para a Praia, já que algumas peças se partem no caminho.
Os preços variam entre 600 escudos e 1100 escudos.