Regra geral, a condição advém da queda de imunidade do organismo, por algum motivo. Mais ainda, a má higiene do órgão genital cria igualmente um ambiente propício para o desenvolvimento dos microorganismos nocivos.
"Calor e umidade favorecem o problema. Roupas apertadas, como cueca de microfibras, pioram o problema", disse em declarações à revista Galileu Fernando Facio, director do Departamento de Sexualidade da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
Adicionalmente, sofrer de diabetes descontrolada também favorece o aparecimento frequente de infecções, visto que a doença eleva os níveis de glicose na urina, que por sua vez servem de alimento para os fungos.
De acordo com a Galileu, os sintomas mais comuns da candidíase incluem: comichão, vermelhidão, 'rachaduras' superficiais e pequenas lesões ou feridas.
Possíveis complicações
Embora, seja raro que a candidíase leve a problemas graves de saúde - ainda assim, quando o fungo se propaga pelo corpo humano através da corrente sanguínea, tem o potencial para causar cegueira e insuficiência renal.
Segundo Igor Marinho, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo: "esses efeitos também são mais comuns em indivíduos imunodeprimidos".
Tratamento
Comummente o tratamento envolve fármacos antifúngicos, administrados na forma de pomadas ou através da toma de comprimidos. A região genital deve ser higienizada e secada adequadamente, refere a revista Galileu.
Como a infecção é mais recorrente entre pessoas com uma vida sexual ativa, é fundamental tratar o parceiro.
"É quase um tratamento cruzado", sublinha Facio. Sendo que enquanto os sintomas persistirem, a actividade sexual não é recomendada.
Por fim, medidas como mudar de toalha de banho diariamente, evitar o uso prolongado de calças de ganga e cuecas que não sejam de algodão podem acelerar o tratamento da candidíase.