Quando criaram a marca DNE Beachwear, as amigas Débora Monteiro, Noylene Ferreira e Eveline Correia, queriam fazer biquínis diferentes dos que existiam no mercado. A ideia era criar usando tecidos feitos a partir de plásticos retirados dos oceanos Pacífico e Atlântico e levar o nome de Cabo Verde pelo mundo fora.
“Começamos no meio da pandemia. Foi um pouco arriscado porque estava tudo fechado. Inclusive, para fazer fotos da nossa primeira colecção tivemos problemas com a Polícia e tivemos de improvisar. Mas, não desistimos da nossa ideia e hoje estamos no mercado”, conta ao Expresso das Ilhas Débora Monteiro.
As peças são produzidas no Brasil, onde vive Débora, mas a base da marca fica nos EUA, onde residem Noylene e Eveline.
Em Cabo Verde, as peças da DNE Beachwear passaram a ser vendidas no CV Brands desde o dia 1 de Junho. Antes disso, a marca já exportava para diferentes países da europa, Angola, Moçambique e até mesmo Cabo Verde.
Sustentada por pilares envoltos ao consumo consciente, a marca prima pela qualidade ao invés de quantidade e por esta razão produziu até agora 500 peças.
Por acreditar no low fashion, a DNE Beachwear não faz o restock dos biquínis e sim apenas dos acessórios.
“Ao contrário do que acontece no mundo do fast fashion, em que as marcas vendem grandes quantidades de produtos e barato, optamos por pequenas quantidades. Por isso, a nossa primeira colecção é dupla face, ou seja, dois biquínis num único biquíni sem precisar ter muitos que depois os resíduos vão para a natureza. Os nossos biquínis são biodegradáveis”, sustenta.
Além dos biquínis, que são produzidos do zero, a marca tem também chapéus e brevemente malas de praia.
“A ideia é lançar produtos diversos para que todas as pessoas possam usar”, garante Débora Monteiro.
A primeira colecção da DNE Beachwear chama-se “Nôs Mar”, algo pelo qual Cabo Verde é conhecido. Assim, cada peça desta colecção leva o nome das praias mais famosas de cada ilha, Kebra Kanela, Santa Maria, Lajinha, Fonte Bila, entre outras.
Há também a colecção Preta.
E a mais recente, Ilia di Santiago, inspirado no pano de terra e na gastronomia da ilha. Por esta razão, cada peça tem o nome de um prato. Por exemplo, Pastel di Midju, Katxupa, Kuskus, Xerên.