O presidente da Associação Ka Djidja, Pedro Matos, disse que a mesa-redonda conta com a presença de personalidades influentes no sector, como Eugénio Veiga, antigo presidente da câmara de São Filipe, Estevão Fonseca, delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente, e António Cula Monteiro, vereador da câmara de São Filipe.
O debate vai girar à volta dos avanços e desafios enfrentados pela agricultura ao longo das últimas cinco décadas de independência.
Pedro Matos disse que em relação ao desenvolvimento agropecuário em Cabo Verde e na ilha do Fogo em particular existe uma “percepção contrastante entre gerações”.
Segundo o mesmo, “se perguntarmos aos jovens sobre agropecuária, muitos dirão que houve avanço, mas se conversarmos com quem viveu o período anterior à independência, a visão muda em termos de estrutura, expectativa e ambição”.
O presidente da Associação Ka Djidja lembrou que Amílcar Cabral considerava a agricultura como uma das “armas de resistência”, mas essa visão não se concretizou plenamente na prática.
“Consumimos mal o que é produzido, importamos quase tudo. E falar de 50 anos de independência, quando ainda dependemos fortemente da importação, levanta questões sérias”, afirmou Pedro Matos.
Na quinta-feira, 17, no quadro da programação da Festa do Queijo, realizou-se a “Rota do Queijo: sabores e turismo rural” que este ano consistiu numa deslocação à zona de Tudja, na encosta da Serra e debate do tema turismo rural como oportunidade para o desenvolvimento.
A quarta edição da Festa do Queijo termina sábado, 19, no espaço da Associação Ka Djidja com uma série de actividades como café tradicional, feira agropecuária, concurso “maior buli di leti” (maior cabaça de leite, em português), concurso “melhor queijo 2025”, entrega de certificados, espetáculo com música tradicional.