A Mercedes lançou o modelo em 2017, com o objectivo de reforçar as vendas da divisão de veículos comerciais através de uma gama mais diversificada, tentando entrar no crescente segmento global de comerciais de médio porte. Mas apenas 16.700 unidades da classe X foram vendidas no ano passado na Europa, Austrália e África do Sul.
Desde o início que a classe X não conseguiu corresponder às expectativas. O preço, a partir de 37.294 euros na Alemanha (40 mil euros no caso de Portugal), era considerado alto demais pelo mercado. A concorrência é feroz neste segmento, no qual a VW Amarok e a Ford Ranger também competem, e bem.
Este projecto nasceu da cooperação industrial da Daimler com a Renault-Nissan. O classe X usa a mesma plataforma que o Nissan Navara e o Renault Alaskan e é construído na fábrica da Nissan em Barcelona.
Mas em Fevereiro, o ex-CEO da Daimler, Dieter Zetsche, abandonou os planos de construir esta pick-up fábrica da Renault-Nissan na Argentina, com destino aos mercados da América do Sul.
No início de Julho, a Daimler cortou a sua previsão de lucro pela quarta vez em 13 meses, à medida que reservou mais dinheiro para cobrir uma repressão regulamentar às emissões de diesel e também por causa do "recall" (recolha de veículos para reparar defeitos de fabrico) de modelos seus, devido aos airbags da Takata.