Depois de a UEFA ter anunciado que a final da Liga dos Campeões, que estava agendada para São Petersburgo, na Rússia, tinha sido transferida para Paris, foi agora a vez de a FIA anunciar que retira o Grande Prémio de Sochi do calendário.
A decisão foi anunciada hoje na sequência de uma reunião, realizada ontem à noite, entre a FIA (que realiza o campeonato do mundo) e as equipas de Formula 1.
"Na quinta-feira à noite a FIA e as equipas estiveram reunidas para analisar a situação do nosso desporto e a conclusão é que, na visão de todas as partes interessadas, é impossível, perante as actuais circunstâncias, que o grande prémio da Rússia se realize", lê-se no comunicado emitido pela FIA.
Esta decisão surge depois de a escuderia Haas ter anunciado que ia deixar de exibir o logótipo do patrocinador russo da equipa no terceiro e último dia desta primeira bateria de testes de pré-temporada de Fórmula 1 em Barcelona.
"A Haas F1 Team vai apresentar o seu VF-22 com uma decoração branca, sem o logótipo da Uralkali, para o terceiro e último dia em pista no circuito de Barcelona esta sexta-feira", disse a equipa.
O piloto russo Nikita Mazepin estará encarregue de rodar durante a parte da manhã, com o carro a ser entregue ao alemão Mick Schumacher à tarde.
"Não será feito mais nenhum comentário sobre os parceiros da equipa nesta fase", conclui o comunicado da Haas.
Recorde-se que a decoração dos carros da equipa predomina o branco, o vermelho e o azul, precisamente o esquema de cores da bandeira da Rússia.
A Uralkali é uma empresa produtora de adubos e fertilizantes, cujo dono é o pai do piloto Nikita Mazepin, Dmitry Mazepin.
A situação que se vive na Ucrânia está por trás destas decisões e já ontem o piloto alemão Sebastian Vettel (Aston Martin) tinha anunciado que não queria correr o Grande Prémio da Rússia.
Aliás Nikita Mazepin enfrenta agora a possibilidade de ser obrigado a abandonar a Hass.
Apesar de ter contrato com a Haas, Gunther Steiner não garantiu a continuidade do piloto russo, depois de o seu país natal ter invadido e atacado a Ucrânia.
“Temos que analisar algumas questões legais”, respondeu Gunther Steiner, chefe de equipa da Haas, quando questionado sobre a continuidade de Mazepin na formação norte-americana.