Trump torna-se o primeiro Presidente americano com pleno controle do congresso a ver a sua Administração paralisar ao não ter conseguido no senado acordo sobre a imigração. À meia-noite de sexta-feira terminava o prazo para que o Congresso prorrogasse o cheque que permite o funcionamento do gigantesco aparato burocrático federal que implica a construção do muro e as suas politicas para a imigração.
Escreve o El Pays que foram os democratas a negarem massivamente o seu voto para que Trump obtivesse mais recursos federais para a construção do muro a separar os EUA do México que ele apresentava como contrapartida á deportação de mais de 700.000 imigrantes em território americano, entre os quais os chamados de “dreamers” (imigrantes sem documentos legais no país, chegados aos EUA quando eram menores de idade).
Entretanto, as negociações com democratas e republicanos prosseguem durante o dia de hoje uma vez que o fracasso destas é sobretudo atribuído á incapacidade de dialogar do presidente.
“Ele foi o culpado de que não haja acordo, e não o seu partido”, afirmou o líder democrata, Chuck Schumer.
Segundo o El Pays esta paralisação da Administração é vista como resultado da grande fractura que os EUA enfrenta, com a cada vez maior reprovação que Trump regista.
No entanto, esta não é a primeira vez na história do país que a Administração é paralisada. Nos anos setenta e oitenta, durante a presidência de Jimmy Carter e Ronald Regan, aconteceu várias vezes. Depois, em 1994, 1995, 2013 com presidentes democratas.
A paralisação não implica a paragem total e completa dos serviços públicos. Os funcionários dos sectores da segurança, saúde e defesa, por exemplo mantêm-se activos bem como outros essenciais, com o bloqueio a afectar apenas 38% dos funcionários. Os custos financeiros e políticos são, contudo, elevados.