Segundo a Euronews, o ataque ocorrido na localidade de Yala, no extremo sul do país, foi perpetrado com recurso a um engenho de fabrico amador instalado perto de uma banca do mercado onde se vendia, entre outras coisas, carne de porco, alimento proibido na comunidade muçulmana mas consumido por budistas.
País de maioria budista, a Tailândia tem no sul uma comunidade muçulmana que resulta da anexação dessa parte do país, que até ao início do século XX pertencia à Malásia.
As alegadas tentativas de assimilação forçada dos muçulmanos levou ao surgimento de um movimento independentista sempre à beira de uma rebelião, diz a Euronews.
Ao longo dos últimos anos vários têm sido os atentados levados a cabo. No ano passado, em Maio, a explosão de um carro armadilhado junto a um centro comercial em Pattani, no sul da Tailândia, fez pelo menos 60 feridos. Em Setembro, numa altura em que uma reportagem do Expresso das Ilhas se encontrava naquele país do sudeste asiático, outro atentando, também no Sul, deixou 4 mortos e 6 feridos.
Com cerca de 68 milhões de habitantes, a Tailândia recebe anualmente mais de 30 milhões de turistas. Um atentado numa estância turística em 2016 levou a junta militar que governa o país a decretar a instalação de câmaras de vigilância nos pontos mais turísticos do país.