O procedimento envolve cortes na genitália sem que haja razão médica para tal e é reconhecido internacionalmente como uma violação de direitos humanos.
A enviada da ONU para a Juventude está na Gâmbia, onde falou no Fórum Internacional sobre Mutilação Genital Feminina. Jayathma Wickramanayake pediu a implementação eficaz de leis que garantam que a prática seja abandonada. Na Gâmbia, 56% das vítimas têm 14 anos ou menos.
Na Indonésia, cerca de metade das meninas de 11 anos ou até mais novas foram sujeitas à mutilação genital.
As Nações Unidas lembram que as vítimas têm vários direitos violados, como o direito à saúde, à integridade física e o direito de estar livre de tortura e tratamentos cruéis ou desumanos. A mutilação genital pode até causar a morte. Promover o fim da prática depende do diálogo com as comunidades, focando nos direitos humanos e na igualdade de género.
Duas agências da ONU lideram o maior programa global para o abandono da mutilação genital feminina. Juntos, o Fundo de População da ONU, Unfpa, e o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, trabalham em 17 países africanos para garantir que mulheres e meninas não sofram mais com o procedimento.
Com a assinatura dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, os países firmaram o compromisso de erradicar o procedimento até 2030. Essa meta faz parte do ODS 5, sobre igualdade de género, e envolve também o fim do casamento infantil.