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O organismo montou 3.230 postos de recenseamento em todos os distritos onde se localizam as 53 autarquias.
Os cartões de eleitor que vão ser atribuídos serão também válidos para as eleições gerais do próximo ano, apesar de estar previsto mais um registo para a actualização do número de eleitores que vão votar em 2019.
"Basicamente, o recenseamento que vai decorrer de 19 de Março a 17 de maio é válido para todo o ciclo eleitoral que começa em Outubro e termina com as eleições gerais em 2019, mas será necessário um recenseamento de actualização para os eleitores que completam 18 anos no próximo ano", explicou Cláudio Langa.
Para a operação que arranca hoje, o STAE mobilizou 2.370 brigadas constituídas por 7.242 agentes de recenseamento.
"A operação será informática, os dados recolhidos caem directamente num computador", acrescentou o porta-voz do STAE.
O recenseamento está orçado em 825 milhões de meticais (10,7 milhões de euros).
As eleições autárquicas de 10 de Outubro serão as quintas na história de Moçambique e vão ter lugar em 53 municípios.
O parlamento está a discutir uma proposta do Presidente da República, Filipe Nyusi, para alterar a Constituição e passar a escolher-se o autarca a partir da lista mais votada para a assembleia municipal.
A proposta faz parte das negociações de paz com Afonso Dhlakama, líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), que preveem que o poder central deixe de indicar governadores provinciais e distritais, passando estes a sair das respetivas assembleias - estendendo-se o procedimento às autarquias.
