Entre os presos contam-se advogados, bloguistas e activistas dos direitos humanos, pró-democracia e do ambiente, que apesar de terem recorrido a meios pacíficos de protesto, foram condenados a pesadas penas de prisão, indicou num novo relatório a organização não governamental de defesa dos direitos humanos.
O documento surgiu um dia antes da apresentação em tribunal de seis ativistas acusados de "subversão por tentativa de derrubar o governo", acusação punível com prisão perpétua ou pena de morte.
Em comunicado, o diretor regional da AI, James Gomez, acusou o Vietname de ser um dos países do sudeste asiático que mais persegue ativistas políticos.
"O pior é que o número (97) é seguramente subestimado. É impossível saber o número exato devido ao secretismo em que operam as autoridades vietnamitas", sublinhou.
A ONG denunciou que, em 2017, as autoridades vietnamitas intensificaram a perseguição contra quem consideram dissidentes, bem como o controlo da internet e das redes sociais.
Os presos geralmente "são isolados, sem acesso a advogados e familiares e sofrem abusos regulares, incluindo espancamentos e eletrocussões, indicou.
"O Vietname deve libertar imediatamente todos os detidos que não fizeram mais do que se expressar de forma pacífica", disse o responsável da AI.
Gomez sublinhou que as autoridades vietnamitas "devem cumprir a obrigação de respeitar os direitos humanos".
Segundo a AI, estão presos 40 activistas políticos, sociais e ambientais e 57 seguidores religiosos, dos quais 37 membros de minorias étnicas.