A primeira mulher eleita presidente na Coreia do Sul foi destituída do cargo e presa em Março de 2017, tendo sido declarada culpada de corrupção, abuso de poder e coacção pelo tribunal que lhe aplicou ainda uma multa de 18 mil milhões de won (13 milhões de euros).
Segundo o juiz Kim Se-yoon Park obrigou várias empresas sul-coreanas a entregar milhares de wons a duas fundações controladas pela sua confidente e “amiga de 40 anos”, Choi Soon-sil, conhecida como Rasputina.
O magistrado salientou que as empresas foram “obrigadas a entregar somas avultadas”, superiores a mais de 23 mil milhões de wons e que a acusada deixou Choi controlar as fundações “sem que esta tivesse o direito de o fazer”.
A filha mais velha do ditador militar Park Chung-Hee, que em 2013 se tornou chefe de Estado apresentando-se como a incorruptível “Filha da Nação”, foi envolvida num escândalo que voltou a ilustrar as ligações perigosas entre o poder político e as empresas.
O Ministério Público tinha pedido 30 anos de prisão e o pagamento de uma multa de 118,5 mil milhões de won (89 milhões de euros) , considerando que Park, como ex-presidente, devia suportar a responsabilidade pelo escândalo.