"Assim que o lado do norte-americano estiver pronto, esse encontro acontecerá, mediante a minha agenda", declarou Vladimir Putin, que falava aos jornalistas à margem da Organização de Cooperação de Xangai, na cidade portuária de Qingdao, norte da China.
O governante russo salientou que "o próprio Presidente norte-americano disse e reiterou que essa é uma reunião útil".
"Posso confirmar que isso é verdade", acrescentou.
Questionado sobre uma possível localização do encontro, Vladimir Putin indicou que isso ainda não tinha sido discutido, mas que "muitos" países estavam prontos a acolher a cimeira entre os dois países, incluindo a Áustria.
"É apenas uma questão técnica", considerou.
Ainda assim, notou que, "é importante que quando existem reuniões desse tipo, quando ocorram, haja um assunto concreto".
Donald Trump tem vindo constantemente a dizer que pretende melhorar as relações entre Washington e Moscovo.
Já na semana passada, de acordo com a publicação norte-americana Wall Street Journal, o Presidente russo pediu ao chanceler austríaco, Sebastian Kurz, durante uma visita a Viena, que o ajudasse a organizar o encontro.
Apesar das sanções europeias contra a Rússia, a Áustria continuou próxima de Moscovo e, ao contrário de outros países europeus, não expulsou o embaixador russo no país.
Entretanto, e também falando aos jornalistas à margem da Organização de Cooperação de Xangai, Vladimir Putin ressalvou que não foi decisão da Rússia deixar o grupo de nações industrializadas (G8), que deu agora origem ao G7.
Apesar disso, disse que os países que compõem aquela estrutura são "bem-vindos" à Rússia.
A Rússia foi expulsa em 2014 após ter anexado a Crimeia e ter manifestado apoio aos separatistas pró Rússia na Ucrânia.
Porém, na sexta-feira, Donald Trump defendeu o regresso da Rússia ao encontro anual, que reúne as sete economias mais industrializadas do mundo, introduzindo mais um factor de tensão às reuniões.