A notícia surge numa altura em que aumenta a pressão sobre a Casa Branca para voltar a reunir estas famílias: As autoridades têm 2.047 crianças que foram retiradas aos pais no âmbito da "tolerância zero" aos imigrantes ilegais, segundo informações avançadas terça-feira pelo secretário da Saúde dos Estados Unidos.
Em relação à passada quarta-feira, dia em que o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que iria suspender a medida, houve apenas uma redução de seis crianças sob custódia dos serviços de saúde.
"Cruel, clara e simples" foram os adjectivos usados pelo procurador-geral de Nova Jersey, Gurbir Grewal, para classificar a actuação do governo sobre estes casos.
"Não nos podemos esquecer: as vidas de pessoas reais estão em jogo", afirmou o responsável.
Além de separarem as famílias que são apanhadas a tentar atravessar ilegalmente a fronteira, há vários relatos de crianças que são enviadas para lugares que ficam a milhares de quilómetros de distância dos seus pais.
Os estados, todos liderados por procuradores-gerais democratas, juntaram-se a Washington, para avançar com uma acção judicial, argumentando que estão a ser forçados a arcar com o aumento dos custos de assistência social, educação e serviços sociais.
Entretanto, alguns grupos de activistas pelos direitos de imigração também já pediram a um juiz federal de Los Angeles que ordenasse a libertação imediata dos pais e a reunião das famílias.
Donald Trump anunciou na passada quarta-feira a suspensão da sua política de "tolerância zero", mas parece ser uma decisão temporária, tendo em conta as declarações do comissário da Proteção das Fronteiras e Alfândegas, Kevin McAleenan, que esta semana reconheceu que as autoridades tinham abandonado, "por agora", a medida.
Também o secretário da Justiça, Jeff Sessions, veio defender a separação das famílias, durante um discurso no Estado do Nevada, no qual afirmou que muitas crianças são trazidas para a fronteira por membros de gangues violentos.