A Administração Nacional dos Oceanos e da Atmosfera (NOAA, em inglês) definiu como “catastrófica” para os Estados Unidos a temporada de 2018.
Desde o dia 1 de Junho, até esta sexta-feira, data oficial do término, houve 15 tempestades, um número acima da média de 12, das quais oito converteram-se em furacões, dois deles de categoria maior, ou seja, superior a 3 na escala Saffir-Simpson.
Um desses furacões foi o Florence, com ventos até 225 quilómetros por hora, chuvas “épicas” e “inundações catastróficas, que devastaram partes da Carolina do Norte e do Sul.
Depois de passar por Cabo Verde e pela Bermuda, o Florence chegou a terra no dia 14 de Setembro, em Wrightsville Beach, na Carolina do Norte, onde causou danos superiores a 12 mil milhões de dólares, segundo o governo. Na vizinha Carolina do Sul os danos foram superiores a mil milhões de dólares.
O Michael, que chegou a terra no Noroeste da Flórida no passado dia 10 de Outubro foi o outro furacão protagonista da temporada. Só neste estado provocou a morte de 43 pessoas, e houve outros dez óbitos mais na Georgia, Carolina do Norte e na Virgínia. Com ventos de quase 250 quilómetros por hora o Michael foi o quarto furacão mais potente que tocou terra continental norte-americana.
2018 foi também o primeiro ano, desde 2008, a ter quatro tempestades activas ao mesmo tempo – Florence, Helene, Isaac e Joyce. Também este ano registaram-se sete tempestades classificadas como subtropicais em algum momento, uma circunstância que não acontecia desde 1969. Três dessas tempestades transformaram-se em furacões – Beryl, Leslie e Óscar. O furacão Leslie, recorde-se, chegou a atingir Portugal e Espanha, algo que também não é muito comum.