“O Homem tornou-se ávido e ganancioso. Ter, acumular coisas, parece ser para muitas pessoas o sentido da vida”, disse o chefe da Igreja Católica na homilia do Natal, falando para cerca de 10 mil fiéis reunidos, como todos os anos, na Basílica de São Pedro, em Roma.
Francisco acrescentou que “uma voracidade insaciável atravessa a história humana” até aos paradoxos actuais, com uns a banquetearem-se e muitos outros não terem pão para viver.
Na missa da véspera de Natal, que comemora o nascimento de Jesus da Nazaré, colocado numa manjedoura, o papa pediu que se ultrapasse o egoísmo e que não se caia no consumismo, afirmando depois: “O pequeno corpo do Menino de Belém lança um novo modelo de vida: não devorar nem agarrar mas partilhar e dar”.
Instando as pessoas a questionarem-se sobre se realmente precisam de tantas coisas ou se podem prescindir do que é supérfluo e ter uma vida mais simples, o papa pediu também que as pessoas se interrogassem se no Natal compartilham o seu pão com aqueles que não têm.
O papa Francisco, que acabou de completar 82 anos, enviará hoje a sexta mensagem de Natal ‘Urbi et orbi’ na terça-feira, perante os fiéis reunidos na Praça de São Pedro.