As duas execuções de hoje somam-se às dos 13 membros da seita Verdade Suprema, responsáveis pelo ataque mortal com gás sarin em 1995 no metro de Tóquio, cuja pena de morte foi também aplicada em 2018.
Os condenados Keizo Kawamura, de 60 anos, e Hiroya Suemori, de 67, estrangularam fatalmente em 1998 o proprietário de uma empresa de investimento e um empregado. As suas sentenças tinham sido confirmadas em 2004.
“Eu entendo que a pena de morte é inevitável neste tipo de crimes e eu acho que não é apropriado aboli-la”, frisou Takashi Yamashita, reiterando posições já defendidas por muitos dos seus antecessores.
Desde o regresso de Shinzo Abe ao poder, em Dezembro de 2012, foram enforcados 36 presos no total. O número de execuções este ano é o maior desde 1993.
Mais de 100 presos no corredor da morte aguardam execução nas prisões japonesas, cerca de metade dos quais há mais de dez anos, apesar de a lei especificar que os condenados à pena capital devem ser executados seis meses após a confirmação de sua sentença.
“As execuções no Japão são secretas e os prisioneiros são geralmente avisados apenas algumas horas antes, mas nem sempre. As suas famílias, os seus advogados e o público são informados somente depois”, segundo um recente relatório da Amnistia Internacional, que protesta a cada execução.
“Vários detidos com deficiências mentais também foram executados ou permanecem no corredor da morte”, sublinhou a mesma organização.
Os enforcamentos de hoje são os primeiros após a execução em Julho de 13 membros da seita Verdade Suprema condenados à morte, que, além do ataque com gás sarin no metro de Tóquio, em 1995, haviam cometido outros crimes.
Esta série de enforcamentos (sete a 6 de Julho e seis a 26 de Julho) suscitou alguma perplexidade entre aqueles que defendem a abolição da pena de morte, tanto pelo número como pelo facto de alguns dos presos ainda aguardarem uma decisão relativa à revisão do processo.
No Japão, no entanto, o debate sobre a pena capital não suscita grandes discussões, com o Governo a argumentar que este não tem razão de