Ilegal no país desde 2011, a prática continua em uso nessa região o que motivou o governante desse distrito a impor a medida como forma de por fim a tal prática.
Para além dos exames para verificar a ocorrência de MGF as meninas também serão sujeitas a testes de gravidez. Nos casos positivos, são obrigadas a denunciar o nome da pessoa que as engravidou e daquela que as submeteu à circuncisão.
Uma campanha contra a medida já decorre no país, denunciando aquilo que consideram ser uma humilhação e violação extrema da privacidade das meninas.
Os professores estão entre aqueles que se opoem às inspecções forçadas por considerarem que as mesmas não irão ajudar uma vez que quando as meninas forem sujeitas ao exame o mal já estará feito.
Um representante da União dos Professores de Educação Primária do Quênia, disse ainda à rádio BBC Focus on Africa que os exames podem ter o efeito de estigmatizar as meninas que sofreram a MGF e causar mais trauma.
Narok tem a taxa mais elavada de gravidezes precoces do país e na comunidade tradicional Masaai a mutilação genital das meninas é ainda prática em uso.
No Quénia, uma em cada cinco mulheres e meninas dos 15 aos 49 anos sofreram MGF. Para os activistas, pôr fim à prática também irá diminuir a gravidez precoce e o casamento infantil, uma vez que a crença é de quando a menina é mutilada ela passa a ser mulher.