Questionado na entrevista à televisão CBS sobre o que o levaria a recorrer ao exército, Trump disse não querer falar sobre a questão.
“Mas é definitivamente uma opção”, adiantou.
Washington tem dito claramente, nos últimos meses e novamente nos últimos dias, que “todas as opções”, incluindo a militar, estão “em cima da mesa”.
Trump reconheceu em 23 de Janeiro o opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, no próprio dia em que o presidente da Assembleia Nacional venezuelana se autoproclamou presidente.
Os Estados Unidos não reconhecem a reeleição do Presidente Nicolás Maduro.
Washington já tomou rígidas sanções económicas para tentar forçar Maduro a abandonar o poder e apelou às forças armadas da Venezuela para se juntarem a Guaidó.
O Parlamento Europeu também reconheceu Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela e seis países europeus, incluindo Portugal, deram um prazo de oito dias ao regime de Nicolás Maduro para aceitar a realização de novas eleições presidenciais, caso contrário também reconhecerão o seu opositor. O prazo termina hoje.
A crise política na Venezuela, onde residem cerca de 300.000 portugueses ou luso-descendentes, soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).