O relatório do GCCC aponta que 2017 registou o maior rombo, com 610 milhões de meticais (8,5 milhões de euros) desviados dos cofres do Estado, seguindo-se 2016, com um buraco nas contas de 459 milhões de meticais (6,4 milhões de euros).
Do total desviado de 2008 a 2018, o Estado moçambicano recuperou apenas 96 milhões de meticais (1,6 milhões de euros).
Ao longo dos 10 anos, foram detidas 1.300 pessoas e instruídos oito mil processos-crime por corrupção.
A corrupção está neste momento no centro do debate público em Moçambique, devido a uma onda de detenções relacionadas com o escândalo das dívidas ocultas, um esquema que permitiu a contratação de uma dívida pública de mais de dois mil milhões de euros à margem das contas públicas pelo anterior Governo moçambicano.