Papa: O diálogo para desmascarar quem usa as diferenças para semear medo e ódio

PorExpresso das Ilhas,31 mar 2019 11:02

Papa Francisco com o rei de Marrocos Mohammed VI
Papa Francisco com o rei de Marrocos Mohammed VI

A força da caridade da pequena comunidade cristã presente em Marrocos e a importância do diálogo de salvação foram alguns dos temas recordados pelo Papa Francisco no encontro com o clero, os religiosos e as religiosas e o Conselho Ecuménico de Igrejas. Foi o segundo compromisso, este domingo, na Catedral de São Pedro, sede da Arquidiocese de Rabat.

O diálogo, a colaboração e a amizade devem ser usados como instrumentos para semear o futuro e a esperança, disse o Papa Francisco, este domingo, em Rabat, o segundo e último dia da visita oficial ao Reino de Marrocos. Assim, sublinhou o Sumo Pontífice, é possível “pôr a descoberto todas as tentativas de usar as diferenças e a ignorância para semear medo, ódio e conflito. Porque sabemos que o medo e o ódio, alimentados e manipulados, desestabilizam e deixam espiritualmente indefesas as nossas comunidades”.

“Cientes do contexto que sois chamados a viver”, continuou o Papa, citado pelo Vatican News, “a Igreja deve entrar em diálogo com o mundo em que vive. A Igreja faz-se palavra, faz-se mensagem, faz-se diálogo”.

A Igreja em Marrocos

A Igreja Católica marroquina conta apenas com 23 mil fiéis, na maioria estrangeiros (europeus e jovens provenientes da África subsaariana que vão ao país estudar), distribuídos em duas Arquidioceses: Rabat e Tanger. As 35 paróquias são assistidas por 46 sacerdotes e por diversas Ordens Religiosas.

A Igreja marroquina conta com duas Arquidioceses: Rabat, guiada por Dom Cristóbal López Romero, e Tanger, guiada por Dom Santiago Agrelo Martínez. Os sacerdotes diocesanos são 15 e os sacerdotes religiosos 31. Os religiosos não sacerdotes 10, as religiosas professas 178, os membros leigos de Institutos Seculares 6, os missionários leigos 3 e as catequistas 2. Há ainda 14 seminaristas maiores.

A Igreja e suas instituições têm um estatuto jurídico reconhecido em virtude de uma Carta de 1985 assinada pelo então Rei Hassan II. A Igreja Católica administra também diversas estruturas de saúde, educação e obras sociais no país. São 35 escolas católicas frequentadas por quase 12 mil estudantes, muitos dos quais muçulmanos. Em Marrocos é permitido o ensinamento católico privado.

No campo social, a Igreja marroquina é muito activa, especialmente na assistência às mulheres, aos presos e no apoio aos estudantes católicos provenientes da África subsaariana. A Igreja administra no país 1 hospital, 7 ambulatórios, 2 casas para idosos e inválidos, 10 Jardins de Infância, além de 5 outras instituições.

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Autoria:Expresso das Ilhas,31 mar 2019 11:02

Editado porJorge Montezinho  em  26 dez 2019 23:21

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