Em 2016, em plena campanha presidencial entre Hillary Clinton e Donald Trump, a WikiLeaks divulgou embaraçosas mensagens de correio eletrónico roubadas à campanha presidencial da democrata.
“O que importa é que ele tem de responder pelo que fez”, afirmou Hillary Clinton, na quinta-feira, durante um evento em Nova Iorque.
A democrata acrescentou ainda que o mais importante, neste momento, é “esperar para ver o que acontece com as acusações”.
O fundador do portal WikiLeaks foi detido na quinta-feira em Londres com base em duas acusações: uma por quebra das medidas de coação que levou a um mandado de detenção em 2012 por um tribunal londrino e a segunda na sequência de um pedido de extradição dos Estados Unidos, que o acusam de "pirataria informática" e conspiração.
Julian Assange, nascido há 47 anos na Austrália, foi detido ontem de manhã no interior da embaixada do Equador na capital britânica, onde se encontrava há cerca de sete anos, depois de Quito lhe ter retirado o direito de asilo.
Um juiz britânico ouviu Assange e considerou o fundador do WiliLeaks culpado por ter violado os termos da sua liberdade condicional, uma acusação que pode resultar numa pena de até 12 meses de prisão no Reino Unido.
As acusações norte-americanas relativas à publicação de dezenas de milhares de documentos governamentais secretos poderão levar a uma batalha judicial para tentar extraditá-lo para os Estados Unidos.