Conforme um comunicado do grupo regional IGAD divulgado pela Reuters, nessa mesma sexta-feira o presidente Salva Kiir suspendeu o estado de emergência imposto em 2017 em cinco estados do norte do país, numa tentativa de ajudar a promover a paz.
O Sudão do Sul proclamou independência do Sudão em 2011, mas dois anos depois estalou a guerra civil. Após uma série de acordos fracassados, um acordo de paz foi assinado em Setembro passado entre os dois lados, representados por Kiir e o seu ex-vice e rival Riek Machar.
Como parte do acordo de paz, os dois lados pretendiam formar um governo de unidade nacional até a data de 12 de Maio. Os partidos estiveram reunidos na capital da Etiópia, Adis Abeba, na sexta-feira, em negociações com vista ao governo de unidade.
“As Partes identificaram a falta de vontade política, financiamento e limitações de tempo como os principais desafios que atrasaram a implementação das tarefas pré-transição e ressaltaram a necessidade de assegurar que as tarefas pendentes específicas sejam adequadamente financiadas dentro de um prazo claramente definido e razoável” disse em um comunicado o IGAD, também divulgado pela Rádio Sudão do Sul.
“Tendo em vista o acima exposto, as Partes concordaram unanimemente em estender o período pré-transição por um período adicional de seis (6) meses a partir de 12 de Maio de 2019 para permitir a execução das tarefas pendentes críticas”, acrescentou o grupo intergovernamental.
Embora o acordo de paz tenha ajudado a reduzir os combates e aliviado em parte a crise humanitária que aflige o país, um painel de especialistas da ONU no Sudão do Sul disse em um relatório na terça-feira que o país ainda enfrenta desafios significativos.
O IGAD, que tem ajudado a mediar o diálogo entre os dois lados, afirmou que o novo acordo será apresentado para consideração na reunião do conselho de ministros a ser realizada de 7 a 8 de Maio em Juba, no Sudão do Sul.