O Presidente norte-americano, Donald Trump, alega que a sua campanha foi vítima de “espionagem” e deu ao procurador-geral William Barr plena autoridade para divulgar publicamente informações secretas reunidas durante a investigação sobre as origens do caso do alegado conluio entre a campanha presidencial de Trump, em 2016, e a Rússia.
Numa declaração divulgada na sexta-feira, Dan Coats disse estar confiante de que Will Barr trabalhará com “normas estabelecidas há muito tempo para proteger informações altamente sensíveis e classificadas, que, se divulgadas publicamente, colocariam em risco a segurança nacional dos Estados Unidos”.
Donald Trump já disse que vai desclassificar os documentos relacionados com as origens da investigação sobre as ligações russas à campanha.
Antes de partir para o Japão, onde inicia hoje uma visita oficial, Donald Trump disse aos jornalistas que a investigação foi “uma tentativa de golpe”.
O Presidente disse que poderia correr até “milhões de páginas” e que queria desclassificar os documentos do FBI e da CIA, incluindo os que podem pertencer a contactos no exterior, no Reino Unido.
Os comentários de Donald Trump acontecem um dia depois de ter concedido ao procurador-geral William Barr novos poderes para rever e potencialmente desclassificar os documentos relacionados com a investigação.
A 14 de maio, Barr escolheu um procurador de Connecticut, John Durham, para analisar as origens da investigação à alegada conspiração entre Donald Trump e a Rússia nas eleições presidenciais de 2016.
Trump tem vindo a afirmar que a sua campanha foi vítima de espionagem, embora os serviços secretos insistam que agiram de acordo com a lei.
Apesar de Mueller não ter encontrado nenhuma prova sobre o alegado conluio, o relatório documentou extensos esforços de Moscovo para interferir na campanha de 2016 e a disposição por parte de pessoas próximas de Trump em aceitar a ajuda russa.