O ministério refere que o número de casos é de 1.945, dos quais 1.851 confirmados em laboratório.
No entanto, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), citada pela agência EFE, alerta que o número de casos poderá ser muito superior aos números oficiais.
"O número real de casos de Ébola pode ser muito maior do que os números anunciados, porque os casos da comunidade não são reportados por falta de acesso de equipas de resposta", explicaram fontes da agência humanitária à EFE.
Metade das mortes pela doença ocorreu fora dos centros de tratamento de Ébola, o que aumenta consideravelmente as hipóteses de contágio.
Além disso, 106 profissionais de saúde foram infectados com o vírus do Ébola, dos quais 36 morreram, de acordo com o Ministério da Saúde da RDCongo.
O Ministério da Saúde referiu que entre 01 de Agosto de 2018 e 20 de maio de 2019, houve 132 ataques contra instalações de saúde que resultaram em quatro mortos e 38 feridos entre trabalhadores e pacientes.
Declarada em 01 de Agosto de 2018, a epidemia de Ébola assola as províncias de Kivu Norte e Ituri, no nordeste da RDCongo, regiões em que actuam vários grupos armados.
Segundo a mesma fonte, estes ataques podem ter aumentado o número de pessoas infectadas pelo vírus do Ébola.
De acordo com os MSF, esta violência faz com que a população não procure atendimento nos centros especializados de tratamento.
Segundo o ministério, até ao dia 28 foram vacinadas 126.565 pessoas.
Numa reunião, realizada no dia 22, enfermeiras exigiram às autoridades para colocarem fim às situações de violência contra os agentes de saúde, tendo chegado a ameaçar com uma paralisação.
A Organização Mundial da Saúde alertou no dia 10 que poderá tornar-se impossível conter o surto de Ébola nas duas províncias do leste da RDCongo se continuarem a acontecer ataques violentos às equipas de saúde.
A RDCongo já foi atingida nove vezes pelo Ébola, depois da primeira manifestação do vírus no país africano, em 1976.