Entre o total de vítimas mortais, 679 foram confirmadas laboratorialmente como tendo sido causadas pelo vírus, enquanto o Ministério da Saúde da RDCongo, em colaboração com a Organização Mundial de Saúde (OMS), considerou que 66 eram prováveis.
O contágio alargou-se a 1.089 pessoas, 1.023 com confirmação de infecção com o vírus Ébola e 66 prováveis.
No mesmo período, 331 pessoas foram dadas como curadas da infecção, que se transmite por contacto físico através de fluidos corporais infectados e que provoca febre hemorrágica.
Desde o balanço anterior, de 23 de Março, o número de mortos aumentou em meia centena e o de contágios 80.
O director para emergências em África da OMS, Ibrahima Socé-Fall, assinalou hoje, em conferência de imprensa, que a extensão da epidemia na área de Butembo, na RDCongo, reduziu, apesar de episódios de violência na região, que levaram à interrupção temporária das intervenções do Ministério da Saúde, da OMS e de organizações não-governamentais.
Socé-Fall admitiu que a insegurança, provocada pelas acções de grupos armados, e a desconfiança das pessoas face às organizações de socorro continuam a ser os obstáculos maiores para controlar a epidemia de Ébola na RDCongo.
A insegurança complica e limita o trabalho dos profissionais de saúde que sofrem ataques ou mesmo sequestros realizados por grupos rebeldes e o responsável da OMS revelou que polícias congoleses foram colocados junto a centros de tratamento.
Declarada em 01 de Agosto de 2018, esta epidemia de Ébola foi constatada em Mangina, na província de Kivu Norte.
O Ministério da Saúde da RDCongo admitiu que a epidemia de Ébola é já a maior da história do país relativamente ao número de contágios.
A RDCongo foi atingida nove vezes pelo Ébola, depois da primeira aparição do vírus naquele país africano, em 1976.
É a primeira vez que uma epidemia de Ébola é declarada numa zona de conflito, onde existe uma centena de grupos armados, o que leva à deslocação contínua de centenas de milhares de pessoas que podem ter estado em contacto com o vírus.