As mortes devido ao contágio foram registadas em Katwa (sete), Mabalanko (duas) e Butembo (outras duas), elevando para 814 o total de mortos no registo do Ministério da Saúde da RD Congo de 14 de Abril.
De entre os óbitos, 748 foram confirmados após análises laboratoriais como contaminados com o vírus ébola e 66 dados como prováveis.
Também no período de 24 horas (13 para 14 de Abril) constatou-se um aumento do número de casos de contágio, com mais 13 pessoas a contraírem o vírus ébola, que se transmite através do contacto directo com fluidos corporais e provoca febres hemorrágicas,
O controlo da epidemia tem sido prejudicado pela atitude de algumas povoações que recusam receber tratamento, sobretudo em zonas onde operam grupos armados.
Na semana passada, a Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICR, na sigla em francês) advertiu que o ébola na RD Congo está a propagar-se de forma rápida.
A Organização Mundial de saúde (OMS) declarou na sexta-feira estado de emergência internacional, face ao aumento do número de casos nas duas últimas semanas.
A declaração internacional do estado de emergência sobre casos de saúde pública implica o aviso formal aos governos no sentido da mobilização de recursos para as regiões afectadas.
O mais devastador surto de ébola a nível mundial foi registado em Março de 2014, na Guiné Conacri, Serra Leoa e Libéria.
Dois anos depois, em Janeiro de 2016, a OMS declarou o fim da epidemia, que provocou a morte a 11.300 pessoas, sendo que, no total, foram contagiadas 28.599 pessoas.