Segundo o boletim oficial, os dados recolhidos até 02 de Janeiro indicam que o total de casos atingiu os 609, dos quais 561 confirmados laboratorialmente e 48 casos suspeitos de contaminação pelo vírus.
O surto foi declarado a 01 de agosto nas províncias do Kivu do Norte e Ituri e o controlo da epidemia está a ser dificultado pela recusa de algumas comunidades em receber tratamento e pela insegurança na zona, onde operam numerosos grupos armados.
Trata-se do segundo surto declarado em 2018 na RDCongo e é o pior na história do país em número de casos e de mortes, tendo superado o que se produziu, em finais de agosto de 1976, e que causou 280 mortos em 318 casos registados.
A Organização Mundial de Saúde está a tentar conter a propagação do vírus com a vacinação de mais de 54 mil pessoas em áreas em risco de infecção, na sua maioria nas cidades de Mabalako, Beni, Mandima, Katwa e Butembo.
O vírus Ébola é transmitido através de contacto directo com o sangue e fluidos corporais contaminados, causa febre hemorrágica e pode atingir uma taxa de mortalidade de 90 por cento, se não for tratado atempadamente.
A nível global o surto mais devastador aconteceu em Março de 2014 com casos registados na Guiné Conacri, Serra Leoa e Libéria.
Quase dois anos depois, em Janeiro de 2016, a OMS declarou o fim desta epidemia, durante a qual morreram 11.300 pessoas e foram contagiadas mais de 28.500, dados considerados conservadores pelas Nações Unidas.