Actualização dos registos da OMS da nova epidemia na RDCongo, declarada a 1 de agosto, comprova a tendência de crescimento do número de mortos e também nos casos sinalizados - 235 - em resultado da infecção de ébola.
Em 17 de Outubro, o número de mortos fixava-se em 139 desde 1 de agosto, enquanto foram identificadas 216 pessoas infectadas com ébola.
Uma semana antes, havia 115 mortos e 181 casos.
A epidemia de ébola foi declarada em Mangina, estendendo-se até Beni, baluarte do grupo armado ADF (Forças Democráticas Aliadas), que multiplicou os ataques contra civis, complicando a resposta sanitária.
Na passada quarta-feira, em Genebra, na Suíça, a OMS decidiu não declarar estado de emergência de saúde pública internacional a epidemia de ébola na RDCongo.
Após a reunião de urgência do Comité de Emergência, a OMS comunicou que "não deve ser declarada por agora uma emergência de saúde pública de amplitude internacional".
"A avaliação do risco de propagação é baixa a nível global, mas é muito alta, tanto a nível nacional [na RDCongo], como regional. Não houve alteração na avaliação de risco desde 28 de Setembro", considerou o Comité de Emergência da OMS.
Salientando que "a vigilância e monitorização permanentes é fundamental", a OMS revelou ainda que está "profundamente preocupada com a epidemia" e referiu que "as respostas precisam de ser intensificadas".
A pior epidemia de ébola na história atingiu a África Ocidental entre o final de 2013 e 2016, causando mais de 11.300 mortos em 29.000 casos sinalizados, mais de 99% na Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa.
A OMS foi então fortemente criticada pela resposta lenta.