Moçambique cresce 2,5% este ano, mas acelera para 10% em 2024, diz o Standard Bank

PorExpresso das Ilhas, Lusa,22 set 2019 14:03

Centrais de processamento de gás natural devem produzir mais de 30 milhões de toneladas por ano em 2024
Centrais de processamento de gás natural devem produzir mais de 30 milhões de toneladas por ano em 2024

O departamento de estudos económicos do Standard Bank prevê que Moçambique cresça 2,5% em 2019, e acelere para 3,7% em 2020, crescendo a dois dígitos a partir de 2024, devido às exportações de gás natural.

"Mudámos a nossa previsão de crescimento do PIB [produto interno bruto] para 2019 e 2020, com a primeira a ser revista 0,2 pontos em baixa, para 2,5%, e a segunda aumentada em 0,2 pontos, para 3,7%”, lê-se no relatório de Outubro sobre os mercados financeiros africanos.

A mudança deve-se “à política monetária mais prudente que o esperado e aos desafios orçamentais deste ano, que abrandam a despesa agregada", explica o Standard Bank.

No documento, enviado aos investidores e a que a agência Lusa teve acesso, os analistas do maior banco a operar em África afirmam que "o crescimento do PIB deverá acelerar para níveis acima dos 10% a partir de 2024, antes de estabilizarem numa taxa de 4% a longo prazo".

Estas previsões estão sustentadas na expectativa de que três centrais de processamento de gás natural estejam a produzir em 2024 mais de 30 milhões de toneladas por ano.

O relatório nota ainda que "com o início da construção dos trens de gás natural liquefeito, os fluxos de investimento directo estrangeiro devem sustentar a economia, quer na formação de capital bruto, quer no que diz respeito à liquidez em moeda estrangeira, fazendo com que as taxas de juro possam descer".

Ainda assim, a economia de Moçambique enfrenta desafios, alertam os analistas, vincando que "a capacidade institucional limitada, as deficiências na facilidade de fazer negócios, a limitada mão-de-obra qualificada e a falta de um sector privado vibrante vão limitar a participação local nos projetos de gás natural liquefeito”.

Uma situação que a ocorrer, frisa o documento, reduzirá “os potenciais benefícios para a economia nacional".

Para que os projetos de gás natural mudem realmente o país, salientam os analistas do Standard Bank, serão necessárias duas condições: "por um lado, progresso nas reformas estruturais e matérias de governação e, por outro, fazer com que metade da população que vive em pobreza saia dessa condição".

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,22 set 2019 14:03

Editado porJorge Montezinho  em  10 jun 2020 23:21

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