Donald Trump diz a líder iraniano para "ter cuidado com o que diz"

PorExpresso das Ilhas, Lusa,18 jan 2020 6:43

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou na sexta-feira o líder supremo do Irão para "ter cuidado com o que diz", em resposta a um sermão em que o Ayatollah Ali Khamenei o chamou de "palhaço".

O autointitulado 'líder supremo', que ultimamente não tem sido assim tão supremo, disse coisas perigosas sobre os Estados Unidos e a Europa. A economia deles está em queda, o povo deles está a sofrer. Ele devia ter muito cuidado com o que diz", escreveu o Presidente norte-americano na rede social Twitter.

Na sexta-feira, o líder supremo do Irão classificou Donald Trump como "um palhaço" que finge querer ajudar os iranianos, mas vai atacá-los pelas costas com "um punhal envenenado".

As declarações do Ayatollah Ali Khamenei, antes de proferir a oração de sexta-feira em Teerão pela primeira vez desde 2012, decorreram numa altura em que se intensificam as tensões entre o Irão e os Estados Unidos.

Khamenei disse também os ataques iranianos contra bases militares dos Estados Unidos no Iraque foram um "golpe na imagem da América" como superpotência.

No mesmo discurso antes da oração de sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos, Khamenei acrescentou que os "países ocidentais" são demasiado fracos para "conseguirem pôr os iranianos de joelhos".

O líder supremo do Irão considerou "cobarde" o ataque dos Estados Unidos que matou o general Qassem Soleimani, comandante da Guarda Revolucionária, em Bagdad no princípio do mês.

O Irão retaliou bombardeando com mísseis balísticos três bases iraquianas onde se encontram as forças norte-americanas que lideram a coligação internacional no Iraque.

Na mesma altura, um avião comercial ucraniano foi abatido por um míssil que, segundo Teerão, foi disparado "por engano" e que provocou a morte dos 176 ocupantes.

Ali Khamenei chamou "drama amargo" ao derrube do aparelho civil ucraniano, no dia 08 de Janeiro, tendo apresentado as condolências às famílias das vítimas, mas frisou que Teerão não pode esquecer o "sacrifício" do general Soleimani.

Referindo-se às manifestações antigovernamentais que eclodiram no país na semana passada, após ter sido revelado que o aparelho foi abatido por um míssil iraniano, Khamenei disse que "alguns tentaram utilizar (a situação) esquecendo-se de Soleimani, o mártir sacrificado".

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,18 jan 2020 6:43

Editado porAntónio Monteiro  em  19 jan 2020 9:42

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