Organizado por brasileiros que vivem no exterior, assim como por diversos movimentos populares e entidades políticas, o denominado "Acto Mundial Stop Bolsonaro" contará com manifestações presenciais e virtuais em cidades europeias como Munique, Berlim e Frankfurt (Alemanha), Barcelona e Madrid (Espanha), Paris (França), Roma (Itália), Zurique e Genebra (Suíça) ou Dublin (Irlanda).
Já em Portugal, o ato "em solidariedade do povo brasileiro face aos crimes de Bolsonaro e do seu Governo" está marcado para Lisboa, Porto e Coimbra, segundo a página do evento na rede social Facebook.
O "combate ao fascismo, ao neoliberalismo, ao racismo, machismo, à ‘LGBTfobia’, ao genocídio indígena e à destruição do meio ambiente", são algumas das causas que movem este ato internacional.
No Brasil, são 13 as cidades que já confirmaram a adesão ao protesto, entre elas, o Rio de Janeiro, São Paulo, Belém, Porto Alegre ou Campinas.
Canadá, Estados Unidos da América, Chile, Costa Rica ou México são outros dos países que acolherão o "Ato Mundial Stop Bolsonaro".
Entre os movimentos que organizaram a manifestação estão o Coletivo Estrela da Democracia, a Frente Internacional de Brasileiros contra o Golpe (Fibra), e o grupo Mulheres Unidas Contra o Bolsonaro.
"Desde que ganharam as eleições, explodiu a desflorestação, o assassinato de indígenas, negros, mulheres, gays e líderes populares, o ataque sistemático à cultura, à educação, o aumento da precarização do trabalho, a estagnação da economia. (...) Ao mesmo tempo, aumentou a truculência dos apoiantes do Presidente, que tem ao seu lado milícias, militares e polícias violentos e gananciosos, saudosos da ditadura e as pessoas mais ignorantes, desumanas e mesquinhas desse país", indicou a organização.
Os organizadores citam ainda o elevado número de casos de covid-19 no país, a subnotificação da doença, a situação precária de alguns hospitais, a falta de apoio a profissionais de saúde, assim como a falta de um decreto de confinamento obrigatório para conter a disseminação do vírus no Brasil.
"A receita da ideologia bolsonarista agudizou a crise política brasileira. Se não forem contidos a tempo, o país viverá em caos e miséria por décadas e tornará a vida de todos nós um pesadelo. Agora basta! (...) Estamos do lado certo da história e não descansaremos enquanto não derrubarmos o atual Governo, e conseguirmos de volta todos os nossos direitos sociais, humanos, ambientais, trabalhistas e económicos", acrescentaram os movimentos organizadores do ato.
Também a Central Única dos Trabalhadores (CUT), principal organização sindical brasileira, uniu-se aos protestos e apelou a uma mobilização mundial contra Jair Bolsonaro e o seu executivo.
“Nesse domingo, o mundo inteiro fará manifestações contra o fascismo no Brasil e contra o Presidente psicopata Jair Bolsonaro. É o dia mundial do #StopBolsonaro. (...) Conto com a manifestação de todos para que possamos derrubar esse Governo fascista do Brasil e garantir a democracia do nosso país", afirmou o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, num vídeo partilhado nas redes sociais.
O Brasil, segundo país do mundo com mais mortos e infectados, totalizou na quinta-feira 54.971 mortos e 1.228.114 pessoas diagnosticadas com a covid-19 desde o início da pandemia, registada oficialmente no país em 26 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 487 mil mortos e infectou mais de 9,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.