O WFP é uma agência da ONU, com sede em Roma (Itália) e é a maior organização humanitária a nível mundial, prestando assistência a 97 milhões de pessoas, em 88 países.
O 101.º Prémio Nobel da Paz foi entregue WFP pelos “seus esforços para combater a fome, o seu contributo para melhorar as condições para a paz em áreas afetadas por conflitos e por agir como uma força motriz nos esforços para prevenir o uso da fome como uma arma de guerra e de conflito”, conforme justificou Berit Reiss-Andersen, presidente do Comité Norueguês do Nobel.
O Comité Nobel assinalou que a pandemia do novo coronavírus fez aumentar a fome que milhões de pessoas enfrentam em todo o mundo e pediu aos governos que garantam que o PAM e outras organizações de ajuda recebem o apoio financeiro necessário para as alimentar.
“Em 2019, o PAM prestou assistência a cerca de 100 milhões de pessoas em 88 países vítimas de insegurança alimentar aguda e fome”, indica o comité no comunicado em que anuncia o prémio.
“Com o prémio deste ano, o (comité) pretende que os olhos do mundo se voltem para os milhões de pessoas que sofrem ou enfrentam a ameaça da fome”, disse Reiss-Andersen, adiantando que “o Programa Alimentar Mundial desempenha um papel fundamental na cooperação multilateral, tornando a segurança alimentar um instrumento de paz”.
Berit Reiss-Andersen indicou ainda que “o Programa Alimentar Mundial contribui diariamente para promover a fraternidade das nações mencionada no testamento de Alfred Nobel”.
Este ano estavam nomeadas para o Prémio Nobel da Paz 211 pessoas e 107 organizações, entre as quais a activista ambiental Greta Thunberg e a Organização Mundial de Saúde.
A cerimónia de entrega do prémio vai ter lugar a 10 de Dezembro, em Oslo, capital da Noruega.
* Com Lusa