A Polícia do Capitólio confirmou a morte do agente, identificado como Brian D. Sicknick, após várias horas de confusão e rumores.
“O agente da Polícia do Capitólio Brian D. Sicknick morreu devido a ferimentos sofridos durante o serviço” no ataque ao Congresso, disse um porta-voz da força de segurança em comunicado.
Sicknick foi ferido “enquanto enfrentava fisicamente os manifestantes” que invadiram o Congresso, e sofreu “um colapso” quando regressou ao gabinete, pelo que foi levado para o hospital, acrescentou.
O agente trabalhava para a Polícia do Capitólio desde 2008, de acordo com a entidade, que disse ter aberto uma investigação.
A confirmação oficial surgiu duas horas após a Polícia do Capitólio ter negado uma notícia da cadeia de televisão norte-americana CNN, que dava conta da morte de um dos agentes devido a ferimentos ocorridos durante os incidentes de quarta-feira.
Com a morte de Sicknick, cinco pessoas morreram no cerco e invasão do Capitólio, em Washington.
As outras vítimas mortais, identificadas pelas autoridades, são os manifestantes Ashli Babbitt, de 35 anos, de San Diego, Califórnia; Benjamin Phillips, de 50, de Ri, Pensilvânia; Kevin Greeson, de 55, de Athens, Alabama; e Rosanne Boyland, de 34, de Kennesaw, Geórgia.
Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do Congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de Novembro.
O Congresso acabaria por ratificar na quinta-feira a vitória de Joe Biden, na última etapa antes de ser empossado, em 20 de Janeiro.
O recurso à 25.ª Emenda da Constituição para afastar Donald Trump da Casa Branca, acusado de incitar os apoiantes à invasão do Capitólio, está a ser defendido por numerosas vozes nos EUA, nomeadamente pela presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.
Os líderes democratas querem que o vice-presidente Mike Pence afaste desta forma Trump, assumindo a presidência interina, para impedir o Presidente cessante de actuar nas duas últimas semanas do mandato.