Os diplomatas, cujo número não foi especificado, são acusados de terem participado em encontros “ilegais”, em 23 de Janeiro, em São Petersburgo e Moscovo, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, num comunicado.
O governo russo considera estas ações “inaceitáveis e incompatíveis com o seu estatuto diplomático”, dando ordem de expulsão aos diplomatas.
“A Rússia espera que, no futuro, as missões diplomáticas do reino da Suécia, da República da Polónia e da República Federal da Alemanha, e os seus funcionários, respeitem escrupulosamente as normas do direito internacional”, acrescentou o comunicado.
Poucas horas antes, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borell, que hoje chega a Moscovo para uma visita oficial, tinha dito que as relações com a Rússia estavam “no seu pior” momento, devido aos casos do envenenamento e da condenação de Alexei Navalny.
Navalny, 44 anos, um investigador anticorrupção e o crítico mais conhecido de Putin, foi preso a 17 de Janeiro ao regressar da Alemanha, onde passou cinco meses a recuperar de uma intoxicação por agente nervoso que atribui ao Kremlin.
Laboratórios na Alemanha, França e Suécia, e testes da Organização para a Proibição de Armas Químicas, estabeleceram que ele foi exposto ao agente nervoso Novichok. As autoridades russas recusaram-se a abrir um inquérito criminal completo, alegando falta de evidências de que ele fora envenenado.
Na terça-feira, um tribunal russo condenou Navalny a dois anos e meio de prisão, por violação de liberdade condicional.
A pena aplicada a Navalny foi condenada pela grande maioria dos países ocidentais, tendo a UE, através do seu alto representante para a política externa, afirmado hoje que a sentença imposta ao opositor russo é “inaceitável e politicamente motivada”, admitindo a possibilidade de aplicar novas sanções contra a Rússia.