"Estamos a recolher pormenores sobre o número de estudantes e professores raptados", disse o ministro dos Assuntos Internos, Samuel Aruwan, numa declaração citada pela agência de notícias France-Presse.
Este é o sexto ataque ou tentativa de ataque a uma escola em menos de três meses no noroeste e centro da Nigéria, onde grupos criminosos, chamados "bandidos" pelas autoridades, atacam aldeias, roubam gado e realizam raptos para obterem resgate.
Na quinta-feira, um grupo armado invadiu uma escola na periferia de Mando, no estado de Kaduna, mas o Exército conseguiu recuperar cerca de 180 estudantes na sequência do ataque, mas quase 40 estavam ainda reféns dos "bandidos".
Vários estados do norte e do centro da Nigéria encerraram as suas escolas por razões de segurança, suscitando receios de um aumento do abandono escolar, particularmente entre as raparigas, nestas zonas pobres e rurais que já têm a taxa mais elevada de crianças que não frequentam a escola no país.
O ataque de quinta-feira era o mais recente de um conjunto de raptos que têm assolado o país nos últimos meses, entre os quais o que aconteceu em 27 de Fevereiro, em Zamfara, no noroeste do país, no qual foram raptadas 279 estudantes de uma escola feminina.
Este rapto aconteceu duas semanas depois de outro ataque a 38 estudantes e professoras da Escola de Ciência Política do Governo, em Kagara, no estado de Níger, somando-se a outro, em 11 de Dezembro, no qual 344 alunos foram raptados de uma escola em Kankara, no estado de Katsina, no noroeste, num ataque reivindicado pelo Boko Haram.