A intenção, declarada no nome da primeira sessão de debate organizada de manhã pela presidência da COP26 é “Acelerar uma Transição Energética Justa e Inclusiva”.
Uma das principais acções implica deixar para trás o carvão como fonte de produção de energia, que representa mais de metade das emissões carbónicas provocadas pelo uso de combustíveis fósseis, e esse será o tema da principal sessão da tarde organizada pela presidência da cimeira, com o mote “Dar Energia ao Mundo depois do Carvão”, em que participarão membros de uma aliança de governos, empresas e organizações de mais de quarenta países, incluindo Portugal, que pretendem acelerar a transição.
A discussão centrar-se-á nos progressos na eliminação do financiamento à indústria do carvão. Nesta sessão participará também um representante da EDP.
Ainda na manhã de hoje, o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas das Nações Unidas apresentará aos delegados as descobertas mais recentes sobre a base científica por trás das alterações climáticas.
Além das sessões temáticas, a presidência da COP26 realiza a habitual conferência de imprensa diária para dar conta do estado das negociações em Glasgow.
Fora da cimeira, os activistas climáticos que também povoam Glasgow por estes dias promovem uma “visita guiada tóxica” pela cidade escocesa para discutir o seu papel na revolução industrial e para criticar os investimentos em combustíveis fósseis.
Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, activistas e decisores públicos reúnem-se até 12 de Novembro, em Glasgow, na Escócia, na 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) para actualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.
A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta a entre 1,5 e 2 graus célsius acima dos valores da época pré-industrial.
Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que, ao actual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.